No final de março, a Riot Games surpreendeu a comunidade de VALORANT com a adição de Clove, o vigésimo quinto agente do jogo. Com uma característica inédita, Clove é o primeiro agente não-binário a integrar o elenco do popular FPS, reforçando o compromisso da empresa com a representatividade e diversidade.
A Importância de Clove para a Representatividade
A chegada de Clove foi recebida com entusiasmo pela comunidade de VALORANT. Renata “Vermelha” Brito e Lucas “Belky” Belchior, ambos criadores de conteúdo do jogo, destacaram a relevância dessa inclusão. Para Belky, a adição de Clove é um passo essencial, mas ainda um mínimo necessário para promover a diversidade.
“Na minha humilde visão, é o mínimo. Todos nós queremos ter alguém para nos inspirar ou até mesmo para nos sentirmos importantes. Clove não faz apenas um papel dentro do jogo, mas representa uma comunidade inteira, fazendo com que pessoas se sintam parte de algo maior, algo que realmente reflete suas personalidades”, comentou Belky.
Desde seu lançamento em 2020, VALORANT tem se mostrado um jogo diversificado. Vermelha ressalta que, mesmo sendo recente, o jogo tem se esforçado para abraçar a diversidade de suas comunidades. “Eu sinto que VALORANT é um jogo que, mesmo sendo novo, tem tido um cuidado importante de abraçar as diferenças das pessoas em geral. Temos pessoas de vários países, várias culturas, várias cores, e o único casal oficial do jogo é formado por duas mulheres”, afirmou Vermelha.
Ela acrescenta que a introdução de Clove reforça essa característica inclusiva do FPS: “Inserindo Clove no jogo, uma pessoa não-binária, mostra para pessoas não-binárias que elas pertencem ali e ajuda a moldar a comunidade como um lugar mais inclusivo e seguro, mesmo que ainda haja barreiras a serem quebradas.”
Impacto de Clove no Meta do Jogo
Além da representatividade, a introdução de novos agentes sempre levanta questões sobre o impacto no meta do jogo. O agente lançado antes de Clove, Iso, teve pouca influência no meta e é raramente utilizado pela comunidade. No entanto, Vermelha acredita que Clove está bem balanceado.
“Quando eu vi Clove e pude testar pela primeira vez, eu fiquei em choque e achei que chegaria muito mais forte do que os outros controladores. Mas agora que tive mais tempo para ver a jogabilidade e as combinações com outros agentes dentro dos mapas, eu sinto que Clove chegou bem na balança”, explicou Vermelha.
Clove é um Controlador, papel fundamental para o domínio de regiões dos mapas. Belky aponta que Clove deve agradar mais as filas ranqueadas do VALORANT, enquanto no cenário profissional, apenas algumas regiões devem optar por elu.
“Acho que elu foi feita para filas ranqueadas. Clove não se conecta muito bem atualmente na minha opinião com tantos recursos e formas de jogar como os atuais controladores fazem. Por exemplo, Viper, que segue ainda sendo uma controladora/sentinela com impacto forte em vários fundamentos de jogo. Elu é realmente para algo mais nichado, composições de trocar tiro, combinando muito com a região do Pacífico, como PRX, Gen.G, e outros times da região”, concluiu Belky.
A inclusão de Clove em VALORANT não é apenas uma adição ao elenco de agentes, mas um passo significativo para a representatividade e inclusão no mundo dos jogos. Enquanto a comunidade celebra essa novidade, a discussão sobre o equilíbrio de jogo e o impacto no meta continua, mostrando que a Riot Games está atenta tanto à diversidade quanto à experiência de jogo de seus usuários.