É inegável que o segmento de e-sports tem passado por uma revolução nos últimos anos. Com receitas batendo a marca de US$ 2 bilhões apenas em competições oficiais e uma base de espectadores que supera 640 milhões globalmente, esse mercado vive um período de expansão sem precedentes. Junto ao crescimento financeiro e de público, há uma evolução notável na profissionalização dos envolvidos e na estrutura das organizações que atuam nesse ecossistema.
Empresas especializadas em jogos eletrônicos agora não só buscam atletas de alto calibre, mas também investem em uma variedade de profissões que orbitam em torno das equipes. Essas funções vão desde técnico e psicólogo até especialistas em mídia social e gerentes, cada um desempenhando um papel crucial para o sucesso nos campeonatos.
Quais são as faixas salariais no mundo dos e-sports?
Em termos de remuneração, existe uma grande disparidade dependendo do nível e da função dos profissionais. Os jogadores profissionais, ou ProPlayers, podem ganhar de R$ 2,5 mil a R$ 30 mil por mês, dependendo do seu desempenho e da popularidade do jogo. Além dos atletas, há toda uma gama de profissionais que possibilitam o funcionamento da máquina de e-sports, cada um com sua respectiva faixa salarial.
Como os e-sports estão moldando novas carreiras?
A indústria não somente promoveu o surgimento de novas carreiras, como também está redefinindo o modo como as equipes se estruturam e operam no dia a dia. Alexandre Kakavel, CEO da Los Grandes + Team One, aponta que o mercado de e-sports tem fomentado a criação de empregos em áreas que vão muito além de jogar video game. Profissionais de saúde, técnicos, e executivos de operações encontraram neste mercado uma nova arena para aplicar suas habilidades.
Impacto das estruturas corporativas nos e-sports
Conforme o setor amadurece, a necessidade de uma infraestrutura robusta se torna mais evidente. Com isso, a demanda por profissionais altamente qualificados cresce a cada dia, abrindo oportunidades diversas dentro das organizações. Ana Smidt, advogada especializada em e-sports, menciona que as últimas negociações de contratos mostram como está acirrada a concorrência pelo talento, com multas contractuais chegando a US$ 5 milhões.
Conheça os principais salários e funções dentro do setor de e-sports:
- ProPlayer: R$5 mil a R$ 30 mil – Face competitiva da equipe.
- Treinador: R$ 4 mil a R$ 25 mil – Responsável por guiar e preparar os jogadores.
- Analista: R$ 3,5 mil a R$ 18 mil – Apoia as equipes com dados e estatísticas.
- Social Media: R$ 4 mil a R$ 12 mil – Gerencia as comunicações e a imagem do time nas redes sociais.
- Designer: R$ 4,5 mil a R$ 12 mil – Criador das artes e identidade visual do time.
- Psicólogo: R$ 2,5 mil a R$ 10 mil – Fornece suporte mental para as equipes e atletas.
- Manager: R$ 4,5 mil a R$ 17 mil – Coordena aspectos administrativos e operacionais das equipes.
O crescimento e a profissionalização dos e-sports indicam não apenas uma mudança na forma como visualizamos os jogos eletrônicos, mas também como uma exploração profunda de potenciais carreiras que são tão desafiadoras quanto recompensadoras. Com investimentos contínuos e uma visão de futuro, o setor dos e-sports continua a ser um campo fértil para profissionais de variadas áreas.