Ubisoft está mais uma vez no centro das atenções com o lançamento do novo jogo Assassin’s Creed Shadows. Dessa vez, o governo japonês resolveu falar sobre o assunto, posicionando-se sobre a relevância política do jogo. De acordo com diferentes Ministérios japoneses, jogos são obras de ficção e não possuem relevância política, desde que respeitem a moral e a ordem pública do país.
A resposta do governo japonês surgiu após questionamentos do senador Satoshi Hamada, do partido NHK, que exigiu um posicionamento oficial sobre as polêmicas envolvendo o jogo da Ubisoft. Afinal, o que os Ministérios disseram?
Posicionamento do Ministério da Educação sobre Assassin’s Creed Shadows
O Ministério da Educação do Japão foi um dos primeiros a responder. A preocupação principal diz respeito aos efeitos adversos dos videogames sobre as crianças. Em termos gerais, o Ministério destacou a necessidade de uma ação cuidadosa ao suspeitar que o conteúdo dos jogos possa ser contrário à ordem pública e à moral.
Em relação a conteúdo sensível, este Ministério afirmou que jogos contendo nudez e violência extrema são passíveis de censura. No entanto, produções de ficção não serão censuradas automaticamente, mesmo que baseadas em fatores históricos, sem antes passar por uma análise ética e moral adequada.
Como o Governo Japonês Responde aos Jogos?
Respostas dos Outros Ministérios do Japão
Assim como o Ministério da Educação, outros ministérios também se posicionaram. O Ministério das Relações Exteriores, por exemplo, afirmou que “como essa é uma questão relacionada a jogos e não tem nada a ver com diplomacia, não podemos responder a ela”. Já o Ministério da Economia foi bem direto: “não faremos comentários sobre jogos individuais”.
Essas respostas destacam que, para o governo japonês, a questão dos jogos fica restrita a análises específicas de cada ministério conforme o caso demanda.
Polêmica sobre a Representação em Assassin’s Creed Shadows
Após uma reportagem do site Sankei e uma série de tuites do conferencista PhD em questões relacionadas ao Japão, Jeffrey J. Hall, surgiu uma controvérsia sobre a escolha da Ubisoft em colocar um samurai negro como um dos protagonistas de Assassin’s Creed Shadows. Hall afirma que existem japoneses insatisfeitos com essa escolha, argumentando que muitos que se manifestam contra são, na verdade, ocidentais se passando por gamers japoneses.
A discussão cresceu a ponto de historiadores e desenvolvedores se pronunciarem sobre o assunto. A principal crítica era a fidelidade histórica, e a Ubisoft se viu na obrigação de esclarecer o processo de criação do jogo. Em resposta, a empresa destacou que investiu um “esforço significativo para garantir uma representação imersiva e respeitosa do Japão Feudal”, contando com a colaboração de consultores, historiadores e pesquisadores.
O Futuro de Assassin’s Creed Shadows
Mas e agora, será que ainda teremos mais situações envolvendo Assassin’s Creed Shadows antes do seu lançamento em 15 de novembro de 2024? A expectativa é grande, especialmente porque o jogo promete trazer aos fãs uma nova experiência ambientada no Japão Feudal.
Enquanto isso, os gamers aguardam ansiosamente pela data de lançamento, ansiosos para explorar cada canto do universo construído pela Ubisoft. Afinal, independentemente das polêmicas, a série Assassin’s Creed sempre conseguiu cativar milhões de jogadores ao redor do mundo.