No auge da efervescência cultural dos anos 60, uma nova forma de entretenimento começou a fazer parte da vida dos brasileiros. Os animes, como são conhecidos as animações japonesas, começaram a ser transmitidos nas televisões brasileiras e rapidamente encontraram um público cativo. Mas, você sabe qual foi o primeiro anime a ser transmitido no Brasil? A chegada dessa forma de arte foi um marco que merece ser explorado.
Costuma-se dizer que os animes entraram no Brasil quase que por acidente. Produtos de baixo custo, ideal para preencher horários em emissoras infantis, fizeram com que essas animações japonesas encontrassem um terreno fértil no coração do público jovem brasileiro. Emissoras em busca de conteúdo acessível e diversificado acabaram por importar várias dessas séries, tornando-as parte fundamental da rotina televisiva do país.
Qual foi o primeiro anime exibido no Brasil?
Definir qual exatamente foi o primeiro anime a chegar no Brasil não é uma tarefa fácil. Afinal, diversos títulos chegaram quase que simultaneamente à grade de programação de várias emissoras.
Entre eles, Homem de Aço (Tetsujin-28 Go) e outros como Oitavo Homem, Ás do Espaço, e Zoran, O Garoto do Espaço foram alguns dos que marcaram a infância de muitos brasileiros.
Como os animes se popularizaram no Brasil?
Após a chegada desses primeiros títulos, o cenário foi se moldando para receber cada vez mais animes. Com as exibições de A Princesa e o Cavaleiro, Speed Racer e várias obras de Osamu Tezuka, o interesse por essa forma de arte só cresceu. Esta popularização foi tão intensa que, hoje, o Brasil é considerado um dos países que mais consome anime fora do Japão.
Os animes trouxeram uma nova dimensão para o entretenimento no Brasil. Com a chegada de emissoras como a TV Manchete, a popularidade dessas animações alcançou seu ápice. A emissora foi responsável por introduzir Cavaleiros do Zodíaco, anime que se tornou um verdadeiro fenômeno de massas e abriu as portas para a febre dos live-actions japoneses, como Super Sentai e Jaspion.
A paixão pelos animes incentivou não apenas o consumo de outras mídias relacionadas, como mangás e jogos, mas também deu origem a eventos culturais, convenções e um vasto mercado de produtos derivados. Atualmente, o Brasil sedia alguns dos maiores eventos de cultura geek e japonesa do mundo, onde milhares de fãs se reúnem para celebrar essa paixão em comum.
Os animes não são apenas um passatempo; eles representam um importante aspecto da interculturalidade e da globalização da arte. A viagem que começou timidamente nos anos 60 transformou-se em uma influente parte da cultura pop brasileira, provando que a arte não conhece fronteiras e que a paixão pelo novo e desconhecido pode transformar meros programas de TV em poderosos ícones culturais.